Geração algodão doce na chuva? (Geração Z)



Precisamos trabalhar para a sobrevivência do ser humano. Muitas pessoas costumam buscar o primeiro emprego quando são jovens, pois isso proporciona independência financeira, responsabilidade, experiência profissional e desenvolvimento de habilidades.

Entretanto, será que as empresas estão atualmente dispostas a contratar os jovens?

Noto que as empresas evitam contratar pessoas mais jovens, a geração Z ou carinhosamente aqui descrita por mim como geração algodão doce na chuva, estão enfrentando dificuldades para ingressar no mercado de trabalho devido à falta de experiência (normal, ninguém nasce com cinco anos de experiência), mas em especial a falta de habilidades específicas que precisamos atualmente.

Muitas empresas tem me pedindo profissionais mais experientes e nem sempre tão qualificados, mas pela facilidade no “trato” diário, o que tem gerado preocupação entre os jovens em busca de oportunidades de trabalho.

Os problemas começam na hora da seleção.

Roupas, inadequadas para a situação, há a falta de habilidade para conversar, e até jovens que levam os pais e ainda olham para eles como se para responder o recrutador precisassem de aprovação.

Não esperamos que um profissional recém-formado chegue ao mercado de trabalho com a experiência necessária para executar todas as funções. Mas as habilidades que tem faltado, segundo o que vemos, são outras, como cumprir horários, lidar com a rotina e se comunicar – seja ao redigir um e-mail formal ou participar de uma reunião. A dispersão é notória na maioria, assim como, a dificuldade que eles demonstram de receber feedback negativo para construir a melhoria dentro da empresa, por essa razão o termo algodão doce na chuva.

Notamos que por mais que a liderança tenha fino trato há sempre as reclamações de que não toleram receber ordens, entre outras coisas…

É um choque geracional, que tem exigido adaptações dos dois lados.

Naturalmente nem todos se enquadram nesse perfil, tenho experiências sensacionais com jovens incríveis, que se mostram dedicados, responsáveis e flexíveis às situações.

Ou seja, as empresas buscam jovens que agreguem valor à organização; não basta apenas cumprir tarefas, é necessário demonstrar comprometimento, responsabilidade e pontualidade, características mínimas esperadas de todos os colaboradores.

Por outro lado, é comum os jovens enfrentarem insegurança no início da carreira, o que é perfeitamente normal.

Selecionei algumas dicas para os jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho:

  1. Busque experiências: Participe de trabalhos voluntários, estágios ou programas de jovem aprendiz para ter o primeiro contato com o mercado de trabalho e aprender;
  2. Busque se qualificar: Faça cursos online e presenciais para aumentar suas chances;
  3. Não tenha vergonha de procurar emprego; é importante começar a trabalhar e, para isso, é necessário deixar o currículo nas empresas para se apresentar caso surjam oportunidades;
  4. Não levem os pais: Evite levar os pais para a entrevista de emprego. As empresas querem avaliar sua competência, independência e responsabilidade;
  5. Saiba como se portar na entrevista: Preste atenção à sua vestimenta, não seja excessivamente formal nem desleixado, e seja educado ao falar, dispense gírias.

Mas, eu como profissional sigo acreditando na juventude oferecendo oportunidades e focando nas qualidades, afinal, desconheço uma geração que seja tão antenada e tecnologia como esta, e são esses os pontos que me agarro quando disponibilizo oportunidades. 

Essa geração traz enormes desafios para os profissionais de recursos humanos e eu estou disposta a ter uma mentalidade inovadora e gerar oportunidades.

E vocês, estão dispostos a abraçar essas oportunidades?

Por Silvana Borba, Especialista em recursos humanos

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